segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Modelo Redação - Curso Popular da PUC/SP | Reintegração Social de Egressos do Sistema Prisional



O filme Carandiru apresenta a realidade nua e crua do sistema prisional brasileiro, que é considerado bruto, inadequado e insuficiente, considerando que o Brasil possui a terceira maior população carcerária do mundo, com mais de 800 mil presos, segundo o CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Depois de cumprir a pena, os egressos enfrentam empecilhos para se reinserir no mercado e na vida comunitária. Nesse sentido, a educação e a saúde mental são fundamentais para a reintegração social dos egressos prisionais.

Inicialmente, a criminologia crítica defende que a função da pena não se limita à punição, mas deve promover a ressocialização. Neste ponto, a educação é essencial. A educação possibilita que os presos tenham consciência dos seus direitos e deveres perante à sociedade, fortalecendo seu senso crítico. Igualmente, permite também sua capacitação profissional, auxiliando na sua inserção no mercado de trabalho.

Em seguida, após analisar a questão educacional, cabe tecer algumas considerações sobre a saúde mental dos egressos prisionais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a saúde é "um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade". Essa definição enfatiza que a saúde vai além da simples falta de enfermidades, abrangendo também o bem-estar integral do indivíduo em suas diversas dimensões, dentre as quais, a dimensão da saúde mental. Para poder estudar e adquirir conhecimentos, é preciso antes ter saúde não só física, como também mental, como visto. Assim, a saúde mental é pressuposto para uma vida minimamente digna, com direito a uma existência plena inserida no contexto social.

Finalmente, para que a reintegração social dos egressos prisionais seja efetiva, é indispensável que o Estado implemente políticas públicas que unam educação e saúde mental como pilares da ressocialização. A ausência dessas medidas perpetua o ciclo de exclusão e reincidência criminal. Investir em programas educativos e de acompanhamento psicológico é investir na reconstrução da dignidade humana. A sociedade também deve participar desse processo, acolhendo e oferecendo oportunidades reais de recomeço. Só assim será possível transformar o cárcere em um instrumento de reabilitação e não apenas de punição.

domingo, 21 de setembro de 2025

Modelo Redação - Curso Popular da PUC/SP | O Uso Ético da Inteligência Artificial (IA)


 O avanço da Inteligência Artificial (IA) traz impactos para setores como saúde e educação. E também traz desafios na política, no jornalismo e nas redes sociais. Segundo a UNESCO, 75% dos países não têm regulamentação específica para a IA.

Inicialmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), na saúde é possível o uso da IA, por exemplo, para diagnósticos médicos e também trazendo maior acessibilidade à população, por meio da telemedicina, com maior acesso à saúde, democratizando-a. Na educação, é possível o uso da IA para estudos. Porém, é preciso um olhar crítico, para filtrar o conteúdo produzido, que, às vezes, pode ser incorreto, pelas "alucinações" da ferramenta. A IA pode, por exemplo, resumir um extenso conteúdo, facilitando a revisão da matéria para uma prova.

Quanto aos desafios na política, no jornalismo e nas redes sociais, temos as Fake News e as Deep Fakes. São notícias e informações falsas, que são disseminadas pelo ambiente eletrônico, provocando desinformação e, até mesmo, danos irreversíveis. 

Portanto, o uso da IA na saúde e na educação é salutar, devendo ser utilizado com cautela e, como dito, com olhar crítico, Por outro lado, no que se refere à política, ao jornalismo e às redes sociais, é importante a regulação não só das redes sociais, como também do próprio espaço cibernético. Com efeito, já há algumas legislações nesse sentido, como o Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), além da previsão da proteção dos dados na Constituição brasileira, como um direito fundamental. Todavia, é preciso uma regulamentação específica para a IA, que busque prevenir e mitigar os danos provocados. As oportunidades são muitas, a IA veio para ficar, não há volta. Assim, é preciso utilizá-la com sabedoria, cautela e olhar crítico, como dito. Para tanto, isso não exclui a sua regulamentação, o que, realmente, faz-se necessário.


domingo, 24 de agosto de 2025

CNN Brasil | Redação no Enem: 7 possíveis temas da edição de 2025

Professora listou assuntos recentes, com dados e estatísticas, para que estudantes possam treinar a produção textual

Heloísa Noronha, colaboração para a CNN